Entre os dias 5 e 13 de Julho, vai decorrer o 16º Festival de Curtas Metragens. Visto que nos encontramos na recta final deste ano, interessamo-nos por este tema, talvez o mais emblemático e importante evento da nossa cidade. A direção, programação e organização responsável é constituída por quatro membros ( Miguel Dias, Mário Micaelo, Dário Oliveira e José Nuno Rodrigues), entre os quais se encontram três professores da nossa escola, temos, portanto, razões mais que suficientes para fazer referência a este tema.
Preparando neste momento a 16ª edição, o Curtas Vila do Conde mantém aquela que é a sua característica mais vincada: a evolução.
Ao invés de se acomodar a uma fórmula, o Festival escolheu, desde o início, focar a sua atenção na transformação e na mudança, mantendo-se atento a todas as manifestações que têm lugar no campo do cinema. É por isso que não só a filosofia de programação vai sendo regularmente modificada, para poder acompanhar os fenómenos emergentes no campo das artes e a evolução da linguagem cinematográfica e videográfica, como há também uma aproximação (e contaminação) às artes plásticas, de onde é normal saírem cada vez mais autores com novos trabalhos.
O Curtas constrói-se, então, em torno das secções de Competição Nacional e Internacional de curtas metragens. À volta deste núcleo gravitam as secções Work in Progress, um espaço de programação onde é habitual ver regressar alguns realizadores que, de algum modo, estiveram ligados ao passado do Festival, e o Take One!, onde a mais jovem geração de estudantes apresenta as curtas metragens de maior relevo entre as produzidas recentemente nas escolas de cinema do país. A estas secções, acrescente-se ainda a recente criação do Remixed, uma nova e arrojada proposta de programação que promoverá interacções entre a criação visual, audiovisual e musical, e, ainda, da secção agora denominada InFocus, dedicada a autores em destaque especial, retrospectivando percursos individuais na realização cinematográfica e que aqui encontram muitas vezes a sua primeira grande apresentação em território nacional e, por vezes, europeu.
Para mais informações vai até ao site: www.curtasmetragens.pt
A imagem e o som do mecanismo do relógio da Igreja Matriz de Vila do Conde serão levados por cabo de vídeo e som com mais de 300 metros até ao Solar de S. Roque, numa transmissão directa, difundida nos seus espaços em múltiplas projecções.
Há algum tempo atrás a nossa turma visitou na nossa cidade, as Curtas Metragens e do qual todos os participantes gostaram muito.
O programa partiu de um núcleo fundamental que foi, como tem sido usual desde a sua criação, a exposição na Solar – Galeria de Arte Cinemática, inteiramente dedicada ao cinema de animação, na sua maioria português, onde se analisam as relações entre os filmes e as técnicas utilizadas na sua produção.
Através de uma proposta original na sua forma de apresentação, pelo modo como utiliza diversos espaços e dilui fronteiras – a sala de cinema, a galeria de arte, o atelier, a sala de aula - mas também pela forma como articula criadores, formadores, professores e alunos, a Animar proporciona a aproximação do público mais jovem aos modos de fazer cinema de animação, revelando alguns dos processos da realização e motivando, assim, o próprio acto criativo.
Como referimos os organizadores deste evento fazem parte da nossa escola, do qual citamos aqui os seus nomes: Nuno Rodrigues, Mário Micaelo e Miguel Dias onde desde já queremos enaltecer a sua participação neste evento.
Para os que ficaram fãs desta exposição, no dia 10 de Maio, por volta das 22 horas, irá ser inaugurado uma exposição no Solar de S. Roque uma transmissão directa do relógio da igreja matriz de Vila do Conde. A imagem e o som do mecanismo do relógio da Igreja Matriz de Vila do Conde serão levados por cabos de vídeo e som com mais de 300 metros até ao Solar de S. Roque, numa transmissão directa, difundida nos seus espaços em múltiplas projecções.
No próximo dia 25 de Abril, assinala-se a passagem do 34º aniversário da Revolução dos Cravos e a Câmara Municipal promove um conjunto de actividades, com a seguinte programação :
-» 00h00 | Parque de Jogos
MARATONA DE FUTEBOL DE SALÃO
-» 00h20 | Largo dos Artistas
“GRÂNDOLA, VILA MORENA”
-» 10h00 | artérias da cidade
PROVAS DE ATLETISMO
-» 10h30 | Praça Vasco da Gama
. HASTEAR DA BANDEIRA
com Guarda de Honra pelos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde
. HINO NACIONAL
por alunos das escolas
. CONCERTO
Banda Musical de Vila do Conde
-» 21h30 | Auditório Municipal
ESPECTÁCULO MUSICAL
Janita Salomé
com Filipe Raposo (piano) e José Rui Martins (poesia)
A entrada para este espectáculo é livre, mas solicitamos que os ingressos sejam levantados nos locais habituais: Auditório Municipal, Centro de Juventude e Biblioteca Municipal “José Régio”.
Data do ano de 953 a primeira referência documental, conhecida, à villa de comite. Trata-se de uma carta de venda , feita por Flâmula Devota ao Mosteiro de Guimarães, das suas salinas, pesqueiros e propriedades que possuía no Castro de S. João, hoje Monte do Mosteiro. Tudo indica ter sido este o local, onde se devem ter fixado os primeiros habitantes, ou pelo menos o seu lugar de reunião, pois a carta de Flâmula já refere ali a existência de uma igreja.
Uma história de amor faz com que a Vila da Foz do Ave se encontre, nos primeiros anos do século XIII, na posse de D. Maria Pais, a Ribeirinha, por quem o rei D. Sancho I se apaixonou. Será uma tetraneta sua, D. Teresa Martins, casada com Afonso Sanches, filho ilegítimo do rei D. Dinis, quem fundará o Real Mosteiro de Santa Clara, no ano de 1318, instituição que se destinava ao amparo das fidalgas pobres em primeiro lugar, das ricas em segundo, e só na falta delas se poderia admitir outra gente. As clarissas que ocuparam a sua casa até ao decreto liberal que extinguiu as ordens religiosas exerceram um grande poder e domínio quer a nível local quer no Norte do país. No séc. XVIII traduzindo esse poderio, inicia-se a construção de um novo e imponente edifício, que nunca se chegou a concluir. Entretanto, nos primeiros anos deste século, o Mosteiro é transformado numa escola de correcção para menores.
A "Vila" alcança a idade de ouro na época das grandes navegações. Beneficiando da sua localização, com uma industria de construção naval bastante desenvolvida, os vilacondenses vão participar, activamente, nas viagens das Descobertas. Roteiristas, pilotos, marinheiros, evangelizadores e toda uma plêiade de homens vai embarcar na aventura que permitiu o conhecimento de novas civilizações, novas raças, novos costumes. Vasco da Gama, na sua viagem à Índia, leva na tripulação dois vilacondenses: Paulo e Francisco Faria. Consequência do fulgor económico que então se vivia, ergueu-se o grande marco quinhentista da Vila: a Igreja Matriz, dedicada ao padroeiro S. João. A Vila vestiu-se de novos arruamentos, com novas Praças, com novas casas de portas e janelas recortadas de que ainda hoje existem numerosos exemplares. Ainda no séc. XVI se levantam outras importantes construções: a Igreja, a Casa e Hospital da Misericórdia, a Igreja e Convento da Encarnação, hoje conhecido com S. Francisco, a Capela de S. Roque, Santo Amaro, Santa Catarina, o Pelourinho e o Edifício dos Paços do Concelho. Terá sido também na centúria de quinhentos que as mulheres vilacondenses tiveram conhecimento daquela que hoje é tida como a sua manifestação artesanal mais emblemática: as Rendas de Bilros.
Na paisagem de Vila do Conde outros edifícios merecem atenção. Refira-se a Capela do Socorro, mandada edificar no séc. XVII por Gaspar Manuel, piloto-mor da carreira da Índia, China e Japão. Também a Idade do Barroco está bem representada na malha urbana vilacondense. É bom exemplo dessa representação a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo no Largo do Laranjal e o Aqueduto que transportava a água desde Terroso. Destaca-se ainda um conjunto de casa disseminadas pelo núcleo antigo.
O século XIX trouxe até cá as Invasões Francesas, que segundo notícias da época, causaram grandes danos à população. Passada a segunda metade do século, inicia-se a caminhada até à praia, materializada na abertura das Avenidas Bento Freitas, João Canavarro e Sacadura Cabral. Mediando as duas novas artérias, surge o maior jardim da cidade, dedicado ao Presidente da Câmara que ordenou a sua construção: Júlio Graça. Abre-se a primeira casa de espectáculos sediada no teatro Afonso Sanches que também serviu de Salão de Jogos. Mas, a jóia do Bairro Balnear é, sem dúvida, o Casino que, em Julho de 1918 abre as suas portas. Este edifício encontra-se ocupado, actualmente, com o Centro Municipal da Juventude, tendo também acolhido nas suas instalações duas instituições de ensino.
Neste breve apontamento sobre quase dez séculos da História desta Vila, que é cidade desde 1987, não se poderia deixar de fazer uma alusão muito especial a artistas e homens de letras que nela nasceram ou viveram: Antero de Quental, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Sónia e Robert Delaunay, José Régio, Júlio Saúl Dias, Joaquim Pacheco Neves, Ruy Belo, entre outros.
Um dos elementos característicos de Vila do Conde são os deslumbrantes tapetes de flores produzidos à mão honrando o «Corpo de Deus», uma tradição de séculos, instituída em 1311, pelo Papa João XXII.
Realizando-se de quatro em quatro anos, estes constituem um excelente cartaz turístico e são percorridos pela Procissão do Santíssimo Sacramento graças ao esforço e empenho de centenas de vilacondenses atraindo, assim, milhares de visitantes. Uma tradição que une gerações numa obra gloriosa e deveras exigente a nível físico, que põem à prova a imaginação da população de forma a que, de quatro em quatro anos, haja sempre novas tapeçarias de flores para apreciar.
Entre 26 e 31 de Março, vai decorrer, no Auditório Municipal de Vila do Conde, uma exposição composta por cerca de 6 dezenas de fotografias sobre Vila do Conde, que traduzem as selecções e perspectivas individuais de Eduardo Nogueira, Jorge Viana Basto e Rui Manuel Costa, três fotografos que, não sendo vilacondenses, decidiram levar a cabo a tarefa de ilustrar diversos locais desta cidade.
Vila do Conde