Eliana Castro era uma jovem de Vila do Conde que desde cedo aprendeu a conviver com a música. O fado é a sua paixão. Há cerca de três anos foi-lhe descoberto um cancro, mas a alegria, a juventude e a coragem estiverem sempre com ela."
O seu gosto pelas canções surgiu aos quatro anos, no coro infantil do Círculo Católico de Operários (CCO), mas não era uma apreciadora do fado e os seus pais não tinham o hábito de ouvir o fado. A infância e a juventude da fadista ficaram ainda marcadas por algumas representações de teatro, em peças que seu avô, José Ferreira, preparava com a família e alguns amigos. Estreou-se em "Maria do Ó", do conterrâneo Joaquim Pacheco Neves, mas era na música que mais se realizava.
Aos 20 anos, integrou o elenco de "Uma Lança em França", de José Coutinhas. O avó era o encenador e todos os netos fizeram parte do elenco. O espectáculo terminou com variedades e foi aqui que se revelou no fado.
A voz de Eliana Castro começou a encantar as pessoas e os convites começaram a surgir. Em casas de fado, em festas de associações e empresas, no Forte de S. João ou no Casino da Póvoa, em França e no Canadá, a convite de emigrantes vilacondenses, e mais tarde foi uma constante nas Noite do Fado das Festas de S. João, ao lado de fadistas nacionais. Mas foi no Forte de S. João que a jovem conseguiu algumas das melhores oportunidades. O primeiro espectáculo foi dos mais marcantes, já que estava o presidente da República, Jorge Sampaio.
Em 2004, ficou em segundo lugar na Grande Noite do Fado de Lisboa. Apesar do reconhecido talento, foi difícil encontrar uma parceria para gravar um CD.
Tinha 29 anos, seis anos de carreira, editou dois álbuns e fazia espectáculos em Portugal e no estrangeiro, quando nos deixou no dia 11 de Julho de 2007.
Vila do Conde